Estrategista de inovação, palestrante e mentora de líderes e empresas, Amanda provoca reflexões profundas sobre futuro, crescimento e impacto real nos negócios.
Inovar ou ter estratégia: qual o maior desafio para o varejo hoje?
Inovar sem estratégia é pirotecnia; ter estratégia sem inovar é piloto‑automático. O grande gargalo do varejo não está em escolher um lado, mas em juntar os dois. Vejo muitas empresas disparando projetos “cool” que não fazem o caixa sorrir, enquanto outras ficam presas a planos que envelhecem antes de sair do papel. O caminho vencedor combina propósito cristalino, radar ligado nas tendências e execução disciplinada. Essa tríade cria musculatura para crescer no presente e fôlego para disputar o futuro. Estratégia vira motor; inovação, gasolina de longo alcance.
Qual a sua principal dica para ser um líder de sucesso?
Liderança nasce na escuta. Antes de empunhar o microfone, o líder liga o sonar: capta emoções, gargalos e ideias cruas do time. Sem essa sensibilidade, qualquer visão de futuro vira quadro bonito na parede. Depois de ouvir vem a vulnerabilidade — admitir dúvidas, compartilhar aprendizados, celebrar conquistas coletivas. É no vai e vem entre firmeza de propósito e humanidade que aconfiança floresce e os resultados aparecem de forma sustentável.
Como a marca pessoal dos times pode influenciar os negócios? Gente compra gente antes de comprar produtos. Quando um vendedor da Rede STIHL mostra bastidores, responde a dúvidas no WhatsApp e publica dicas úteis, ele cria ponte emocional. A motosserra deixa de ser só ferramenta e passa a simbolizar confiança. Quando cada colaborador se torna miniembaixador da empresa, as microconfianças somadas geram vantagem competitiva macro. Marcas fortes nascem onde reputação corporativa se cruza com autenticidade individual.
Qual a sua orientação para o uso das novas tecnologias pelas empresas?
Tecnologia é meio, nunca fim.Inteligência artificial ou automação só justificam o investimento se eliminarem a dor real, ampliarem eficiência ou criarem valor novo. Caso contrário, viram despesa de vaidade tech. O passo seguinte é humanizar o código: treinar, explicar, cocriar. Equipes que entendem o “por que” e o “como” multiplicam impacto — não substituem empatia. Ferramenta certa + cultura preparada = transformação que gruda.
Que dica você daria para a Rede STIHL ter ainda mais sucesso nos negócios?
A Rede já soma tradição industriale qualidade reconhecida; agora é hora de afiar inteligência de dados e voz digital. Converta feedback de conexão 16 + Siga: gracianoamanda pós‑venda em insight de pré‑venda, eduque o cliente com conteúdo consultivo e transforme o balconista em verdadeiro consultor de soluções. Quanto mais vocês entenderem de gente, mais venderão propósito — não apenas produto. Essa é a diferença entre transação imediata e relacionamento que dura décadas.

» Inovação
sem estratégia
é só modinha. «
Amanda Graciano,
executiva e especialista
em transformação digital