Neurologista, professor de Medicina, empreendedor, Doutor pela Universidade de Barcelona e Pós Doutor por Harvard. Autor do livro ‘Medicina do Amanhã’, que entrou para a lista dos Mais Vendidos da revista Veja.

Com toda sua experiência médica, como você define o teu estilo de vida e o atendimento aos pacientes no consultório?
Eu gosto de passar informações simples factíveis, tangíveis, mas sempre baseadas na evidência científica. Me sinto uma espécie de ponte entre a ciência – que é repleta de gráficos, palavras difíceis e porcentagens – e o cidadão brasileiro. Quero que o paciente seja médico de si mesmo. Quero instrumentalizá-lo para que não precise retornar. Por isso, o paciente sai do meu consultório com um material didático impresso com informações para ler e dicas práticas para aplicar na rotina. A saúde não está no meu consultório, está na nossa cozinha, no subir escada, na forma que tratamos um estranho, como recebemos os vizinhos e a família.

Com o excesso de informações que necessitamos absorver ao longo do dia e com ampla oferta de dietas milagrosas, como acredita que é possível viver mais e melhor?
A forma que vivemos hoje, com muita informação alimentar e de telas, obviamente não é igual a como viviam há 25 milhões de anos. Então, a grande preocupação mundial é sobreviver neste mundo de abundância. No livro Medicina do Amanhã faço um resgate de hábitos daquela época e misturo com os 5 Ps da medicina do futuro: preditiva, preventiva, proativa, personalizada e parceira. Depois de muita pesquisa e estudo, desenvolvi o método MAP com práticas essenciais a serem executadas por todos que querem viver mais e melhor. Acredito que divulgação do conhecimento é fundamental para construirmos um novo modelo de criação da saúde.

O método MAP envolve uma série de itens a serem colocados em prática pelos pacientes. Quais são?
O Método MAP alia movimento, alimento e pensamento, que se subdividem em 10 itens a serem colocados em práticas gradualmente durante 7 semanas. No movimento, incentivo meus pacientes a caminharem e aumentarem o número de passos por dia. Começo orientando a darem mil passos por dia – cerca de 10 min de caminhada – e, depois, aumentar gradativamente mil passos a cada semana. Os benefícios são imensuráveis! Na alimentação, oriento os pacientes a se basearem na culinária mediterrânea: comer poucas quantidades, beber 2 litros de água por dia, comer carboidratos no almoço e não tanto no café da manhã e jantar, comer meio quilo de salada colorida e volumosa por dia, incluir vegetais fermentados e gorduras boas, fazer jejum à noite com intervalo de 3h entre o jantar e o sono. No pensamento, ensino a priorizar o sono e a praticar a respiração, aumentando gradativamente o tempo até 10 minutos de inspiração e expiração.

Como estimular as equipes da Rede STIHL a terem hábitos mais saudáveis?
Estas dicas são válidas para todas as pessoas: manter-se em pé ao longo do dia; praticar exercícios laborais para mexer o corpo; se conectar socialmente com colegas em comemorações, dinâmicas e brincadeiras; cuidar da alimentação, pois influenciará no trabalho ao longo do dia; beber muita água; fazer exercícios de respiração.

» Você sabia que os nossos pensamentos podem ser vilões para a nossa saúde?
Nossas células nos escutam e nossos pensamentos podem destruí-las. «

Pedro Schestatsky

Dica de LIVRO
Meu livro foi escrito para acordar as pessoas! Acredito que é necessário retomar as conexões entre médicos e pacientes; médicos e tecnologia; pacientes e tecnologia. Ao mesmo tempo que a slow medicine está voltando – e enfrentará o método remuneratório de quanto mais atendimentos mais o profissional recebe –, a tecnologia veio para aproximar essas relações e deve ser uma grande aliada.

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